Dicas de trilhas por Rodas nos Pés- Blog de Viagem.

 

 

Porque trilhar faz bem?

 

imagem-de-turistas-na-cachoeiraOlá! Nós somos Tissiana e Matheus, do “Rodas nos Pés – Blog de Viagem”! Assim como todos que gostam de viajar, estamos sempre buscando lugares novos e experiências novas. Acreditamos que é possível fazer muitos passeios bons e enriquecedores sem gastar demais!

Quanto mais viajamos, mais chegamos à conclusão de que o Brasil tem paisagens, culturas, comidas e construções que merecem atenção de nós brasileiros! Mas é lógico, também não dispensamos uma viagem internacional!

Em nossas viagens, não importa se são dentro ou fora do Brasil, sempre optamos por caminhar! Gostamos de fazer tudo a pé. E não é para economizar! Se estamos conhecendo uma cidade, fazemos isto para descobrir ruas, construções, jardins, grafites…

Nós também gostamos muito das paisagens naturais! Uma praia com menos estruturas e mais preservação é o que nos atrai! Gostamos de uma mata bonita, onde possamos ver as plantas nativas! Gostamos de um rio de águas transparentes e cristalinas, onde vemos os nossos pés e as pedras do leito! Quanto menos alterado o lugar, melhor!

Foram essas caminhadas, inicialmente pelas cidades, que nos levaram a também fazer longas caminhadas por cenários naturais! E foi assim que aflorou o nosso “lado trilheiro” de ser!!!

Ao caminhar por uma cidade, você dificilmente terá problemas: se sentir sede, pode comprar água. Se sentir fome, pode parar numa padaria e comprar um salgado. Na trilha você não tem este tipo de estrutura. Tem que se organizar para não ter sede, para não passar fome e não sentir-se fraco! Tem que estar bem alimentado do dia anterior e comer bem no café da manhã para enfrentar os desafios que virão!

Nós já fizemos trilhas de nível fácil, médio e difícil, nos mais diferentes ambientes: praias, matas fechadas, estradas. Em cada uma delas descobrimos coisas novas e novos sentimentos e pensamentos foram despertados!

Com base neste nosso conhecimento, que está em constante construção, listamos aqui o que aprendemos durante as trilhas que fizemos e assim encorajar outras pessoas a seguirem este estilo de vida:

 

  1. Autoconhecimento/Superação:

 

Você pode até ter pesquisado algumas informações sobre a trilha que vai fazer (quilometragem, nível de dificuldade, obstáculos), mas a verdade é a seguinte: você só vai saber o quão fácil ou difícil é a trilha para você enquanto estiver percorrendo o caminho! É durante o percurso que você vai descobrir os limites do seu corpo! Enquanto faz o trajeto, também descobrirá a influência dos seus pensamentos na sua motivação!

 

 

imagem-de-turistas-caminhando-nas-rochas-da-praia

 

Um exemplo disto foi uma trilha de nível difícil com 25 km que fizemos na Ilha do Cardoso, litoral sul de São Paulo, no início deste ano de 2016. Foi com o incentivo do Matheus, que eu, Tissiana, consegui atravessar a parte do costão rochoso! Era o trecho mais difícil da trilha e quase fui traída pelos meus pensamentos, que me diziam que eu não iria aguentar. Mas as palavras dele “estamos quase chegando na praia”, “calma”, “respira”, “falta pouco”, foram pouco a pouco me levando até o final do costão!

 

  1. Você precisa da ajuda de outras pessoas:

 

A trilha, por mais que seja um desafio individual, também precisa de um trabalho em equipe!

Em primeiro lugar, há trilhas que obrigatoriamente necessitam de um ou mais guias experientes! E isto não é frescura! É difícil encontrar pontos de referência na mata fechada. Ficar perdido no meio da mata é algo muito fácil de acontecer e também muito sério! Os guias são treinados para lidar com diversas situações, como aparecimento de animais (não digo só cobras, mas onças, por exemplo) e primeiros socorros. Eles conhecem os obstáculos principais e que te ajudarão a atravessa-los com segurança.

Há situações que necessariamente são feitas em equipe, como fazer uma corrente humana para atravessar um rio raso que tem uma correnteza suficientemente forte para te derrubar!

Além disto, as palavras de incentivo das outras pessoas que estão fazendo a trilha, como destaquei no item de autoconhecimento, são importantes para fazer com que você tenha disposição para continuar.

 

  1. Seguir em frente:

 

Toda trilha tem um ponto auge. Pode ser um mirante, uma praia, uma cachoeira. Enquanto estiver caminhando, você não olhará para trás. Você não ficará pensando sobre o caminho que percorreu. O que passou, passou e você atravessou os obstáculos que surgiram! Você segue sempre olhando para frente, com expectativas sobre o restante do caminho que está por vir, e sempre refletindo sobre chegar ao ponto auge da trilha.

 

  1. Novos conhecimentos ambientais e culturais:

 

Durante as trilhas, sempre aprendemos algo novo! As curiosidades sobre uma planta, o descobrimento de uma flor que até então não conhecíamos.

Quando as trilhas são educativas, a carga de conhecimento é ainda maior! Exemplo disto foram as trilhas que fizemos no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – PETAR, em Iporanga – SP, onde o monitor nos explicou a característica de diversas plantas da Mata Atlântica e a formação das cavernas do alto vale do rio Ribeira.

 

imagem-de-trilha-de-pedra-com-muro-de-pedra-na-lataeral

 

Outra trilha educativa que fizemos foi a descida dos Caminhos do Mar, a famosa estrada velha de Santos, entre São Bernardo do Campo e Cubatão, onde ouvimos as histórias e as lendas sobre os monumentos construídos ao longo da estrada. Ainda tivemos a oportunidade de andar por um trecho da “Calçada do Lorena”, de 1792, que foi o primeiro caminho pavimentado com pedras na Serra do Mar.

Assim, mais que caminhar, você leva mais um aprendizado para a vida!

 

  1. Consciência ambiental:

 

Ao caminhar por matas bem preservadas, conhecer rios e quedas d’água que estão livres de poluição, aproveitar praias que não foram tomadas por estruturas de turismo e que estão livres da especulação imobiliária, é que percebemos a capacidade do homem de alterar as paisagens naturais!

 

imagem-de-turista-caminhando-na-praia

 

Durante a trilha na Ilha do Cardoso, vimos o quão poluidor é o ser humano! A praia é deserta e não há nenhum tipo de estrutura turística ou imobiliária, e mesmo assim, a praia é cheia de lixo que chega com as correntes oceânicas. Já foram encontrados objetos vindos de outros países, que inclusive estão expostos no Centro de Visitantes do Núcleo do Marujá. Vimos muitos objetos durante a trilha: pé de pato, todos os tipos de embalagens, plásticos e até uma geladeira! Percebemos quanta coisa é descartada sem nenhum cuidado nas águas, prejudicando a nossa saúde e a saúde dos animais!

Em todas as trilhas você vai aprender também que todo o lixo produzido deverá ser guardado com você para depois ser descartado em local adequado. Se você quer manter o ambiente limpo e preservado, não vai jogar as embalagens no rio ou no meio da mata!

 

  1. Sentir-se renovado:

 

Ao concluir uma trilha, você poderá sentir o cansaço natural de todo o esforço físico! Mas a sua satisfação pessoal de ter superado os obstáculos, os seus medos, e a longa caminhada trarão uma sensação de renovação para a mente e para o corpo!

 

Esperamos, com este texto, ter despertado o prazer de descobrir o mundo através das trilhas! Lembre-se que “Toda grande jornada começa com o primeiro passo”! Você descobrirá se gosta ou não gosta de trilhar quando der seu primeiro passo rumo ao ponto auge da trilha!

Acompanhe o Rodas nos Pes:

Blog: http://www.rodasnospes.com/

Instagran:  instagram/rodasnospes/

Facebook:     facebook/rodasnospes

 

Tenha sua historia publicada. Deixe seu e-mail e entraremos em contato com você. Faça com que outras pessoas ponham seus sonhos em pratica com sua experiencia. 

 

[contact-form][contact-field label=’Nome’ type=’name’ required=’1’/][contact-field label=’Email’ type=’email’ required=’1’/][contact-field label=’Site’ type=’url’/][contact-field label=’Comentário’ type=’textarea’ required=’1’/][/contact-form]